Passageiros enfrentaram no último sábado, 7, um dia de caos nos principais aeroportos do País. O índice de atrasos e cancelamentos, medido pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), chegou a 29,6% dos voos até as 21 horas. O problema se concentrou na Gol, que respondeu por 433 voos ou 75% do total das partidas fora do horário e dos cancelamentos.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou neste sábado que vai autuar a Gol pelos atrasos. A empresa afirmou, por meio de nota, que seu problema foi desencadeado pelas chuvas que atingiram Rio e São Paulo na noite de quinta-feira.
A falta de condições para pousos e decolagens fez algumas tripulações alcançar o limite máximo de horas de trabalho, impossibilitando-as de continuar voando (leia mais abaixo). Os atrasos provocaram um efeito dominó. Com a diminuição de funcionários disponíveis, porque a companhia teve de respeitar os limites legais da carga horária da categoria, os aviões ficaram retidos no solo.
Nas redes sociais, usuários chegaram a relatar mais de 20 horas de atrasos. No Aeroporto Santos Dumont, no Rio, a fila para despachar as malas neste sábado ultrapassou em 200 metros a delimitação dos guichês.
No Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, o balcão da Gol estava lotado de passageiros cobrando informações sobre os voos na tarde deste sábado. O bancário Gustavo Meirelles, de 36 anos, seria padrinho de um casamento em Vitória, Espírito Santo, mas o voo, previsto para as 12h50, não havia decolado até às 17h20. “Vou entrar com uma ação contra a Gol. Já até falei com meu advogado”, disse.
Segundo ele, o posto da Anac, no aeroporto estava fechado. “É um absurdo. A agência, a quem poderíamos recorrer, não está trabalhando.
Fonte: Estadão