Com a situação da pandemia se agravando cada vez mais no Brasil — a média móvel atual é de 3 mil mortes por dia — cada vez mais países aumentam as restrições à entrada de brasileiros.
O mais recente a aumentar restrições foi a França, que anunciou na terça (13) que suspenderá todos os voos entre os dois países sem data para retomada.
“Percebemos que a situação está piorando e decidimos suspender todos os voos até novo aviso”, afirmou o primeiro-ministro francês, Jean Castex.
Apenas oito países possuem restrições leves ou nenhuma restrição à entrada de brasileiros no momento: México, Afeganistão, República Centro Africana, Albânia, Costa Rica, Nauru e Tonga.
Outros 217 países têm restrições à entrada de pessoas vindas do Brasil, segundo um levantamento do site de viagens Skyscanner. Destes, 114 países têm fortes restrições — incluindo os destinos mais procurados por brasileiros em 2019, como Estados Unidos, Argentina, Chile, França, Reino Unido e Itália.
Entenda as restrições e autorizações.
Afeganistão, República Centro Africana, Albânia, Costa Rica, Nauru e Tonga não exigem quarentena para a chegada de pessoas que vieram do Brasil, mas exames médicos ou outras pequenas exigências podem ser necessárias.
A Costa Rica, por exemplo, exige que quem chega do Brasil e não é cidadão da Costa Rica tenha um seguro viagem com cobertura de custos para tratamento e acomodação em caso de contaminação com coronavírus.
O México no momento não exige exames ou quarentena – mas isso pode mudar, já que o país tem tido um aumento vertiginoso de casos e é atualmente o terceiro com mais mortes por covid, atrás apenas dos EUA e do Brasil.
Na República Centro Africana, segundo informações do governo, passageiros podem estar sujeitos a exames médicos na chegada.
Para entrar em Nauru, é preciso que os brasileiros tenham um teste negativo de covid-19 e tenham passado os últimos 14 dias na Austrália. Isso só é possível, no entanto, para quem já estava no país, porque a Austrália é um dos países cujas fronteiras estão fechadas.
O Afeganistão, a Albânia, a Macedônia do Norte e o Reino de Tonga não possuem restrições.
Alguns países possuem restrições mais moderadas à entrada de passageiros vindos do Brasil, como exigência de resultados negativos em exames de covid-19. É o caso das ilhas Maldivas, da África do Sul, de Montenegro e do Egito.
Já a Tailândia exige visto e quarentena. Cuba permite a entrada, mas os passageiros podem estar sujeitos a exigência de exame na chegada e ao pagamento de uma taxa sanitária.
Brasileiros ou pessoas vindas do Brasil enfrentam restrições fortes ou moderadas para viajar para a maioria dos países do mundo, incluindo para os nossos vizinhos na América do Sul.
Os voos diretos do Brasil estão suspensos para a Colômbia, a Venezuela, o Peru, o Suriname e a Argentina. Chile e Uruguai não suspenderam voos do Brasil, mas apenas cidadãos locais ou seus parentes próximos podem entrar.
Já Bolívia, Paraguai e Equador não proibiram a entrada, mas exigem restrições moderadas, como exames negativos de coronavírus e quarentena na chegada.
Nos Estados Unidos, a entrada de pessoas que estiveram no Brasil nos últimos 14 dias em geral não é permitida.
Mas há exceções, como cidadãos americanos, residentes permanentes do país, pais de americanos menores de 21 anos, cônjuges de americanos, passageiros com vistos especiais e pessoas a convite do governo dos EUA. Nesses casos, são exigidos resultados negativos para exames de covid-19.
No Reino Unido, as regras são parecidas. Pessoas que vieram ou estiveram no Brasil nos últimos 10 dias não têm a entrada permitida, a não ser que sejam cidadãos britânicos, irlandeses ou tenham residência permanente no Reino Unido. Nesses casos, é necessária uma quarentena de 10 dias e exames negativos para coronavírus
Para todos os 27 países da União Europeia — incluindo destinos favoritos de brasileiros como Portugal, Espanha, França, Itália e Alemanha — a entrada de brasileiros não é permitida.
Exceções são feitas para brasileiros que tenham dupla nacionalidade europeia ou que sejam residentes legais nesses países.
Passageiros em trânsito e aqueles que estão viajando com finalidade de estudar também têm a entrada liberada.
O mesmo se aplica a “profissionais de saúde e de atendimento a idosos e pesquisadores de saúde”. Também estão isentos de veto “passageiros que viajem por motivos familiares imperativos” e “trabalhadores altamente qualificados de países terceiros, se o seu trabalho for necessário do ponto de vista econômico e não puder ser adiado nem executado no estrangeiro”.
Países como Japão, Austrália e Índia também não autorizam a entrada de brasileiros ou pessoas vindas do Brasil, a não ser que sejam cidadãos nacionais ou residentes permanentes. Nesses casos são exigidos vistos e quarentena.
Na China, mesmo estrangeiros com vistos permanentes podem ter a entrada barrada.
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Fonte: Época