A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) diz ter enviado na última quarta-feira (24/12) um ofício à companhia American Airlines em relação aos problemas apresentados no voo AA203 na terça (23/12) no Rio Grande do Sul. Na ocasião, a aeronave precisou retornar ao Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, cerca de 45 minutos depois de decolar em direção a Miami.
De acordo com a Anac, a companhia terá sete dias para comprovar a prestação de assistência aos clientes que estavam no voo, sob pena de multa que pode variar de R$ 4 mil a R$ 10 mil por infração por passageiro.
Segundo nota divulgada pela empresa, a aeronave voltou devido a um “problema de manutenção”. “A companhia lamenta o ocorrido e os transtornos causados aos passageiros, mas a segurança é a nossa prioridade”, diz o texto.
Dos 185 passageiros que estavam no voo, 13 seguiam no aeroporto na manhã desta quarta (24) aguardando providências. “Eu sou de Curitiba e fiquei parado 15h lá dentro do aeroporto. Quando chegou o voo, o pessoal já reclamou, porque o avião estava ruim. Chegamos aqui em Porto Alegre e fomos reembarcar para ir para Miami, aí deu problema na asa direita, começou a vazar óleo, tanto é que teve bombeiro ontem (terça). Foi feia a coisa”, conta o corretor de imóveis Carlos Augusto Comaseto.
No final da manhã, o grupo embarcou para São Paulo. Lá, eles esperam conseguir embarcar em outro voo da American Airlines para os Estados Unidos até a noite.
O avião decolou às 15h04 e posou às 15h50 de terça, segundo a companhia. O voo, no entanto, já havia registrado atraso. Tinha saída prevista para 01h20 e foi transferido para as 15h04, após mais de 12 horas de espera. Antes de chegar à capital gaúcha, o avião pegou passageiros em Curitiba, onde havia ocorrido a demora.
A rota Miami-Curitiba-Porto Alegre-Miami começou a operar em novembro de 2013. Em fevereiro de 2014, o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, usou a palavra “sucata” para reclamar publicamente da aeronave utilizada, um Boeing 767-300.
Na madrugada desta quarta, um outro avião da companhia fez voos rasantes em Porto Alegre. A manobra assustou moradores de alguns bairros da cidade. O piloto teve de arremeter duas vezes para depois pousar, pouco antes das 2h.
A Infraero, responsável pela administração do aeroporto, informou que o piloto não conseguiu alinhar o avião na pista e que o procedimento de arremeter é comum. Sobre a baixa altitude relatada por moradores, a Infraero diz que, durante a madrugada, a circulação de aeronaves é pequena, não havendo necessidade de se afastar do raio do aeroporto para uma nova tentativa de pouso.
Fonte: G1