Um grupo de 239 cientistas alertou em uma carta aberta que partículas do coronavírus suspensas no ar podem infectar pessoas. Segundo os especialistas, o risco é maior em ambientes fechados, como aviões e ônibus.
De acordo com o grupo, “a transmissão aérea parece ser a única explicação plausível para vários eventos de ‘superespalhadores’ que ocorreram em ambientes fechados e outros onde as recomendações relacionadas à transmissão direta de gotículas foram seguidas”.
A Organização Mundial de Saúde afirma que o coronavírus se espalha principalmente por gotículas respiratórias maiores e que não há comprovação de que há transmissão por partículas virais suspensas no ar. Após a carta, que pede novas medidas de proteção contra a COVID-19 considerem a transmissão pelo ar, a OMS disse que está “revisando seu conteúdo”.
A carta assinada pelos 239 especialistas foi publicada inicialmente pelo jornal americano The New York Times (clique aqui) nesse domingo (dia 5 de julho). Segundo o documento, somente as medidas atuais recomendadas pela OMS não são capazes de conter a transmissão do coronavírus.
“A lavagem das mãos e o distanciamento social são apropriados, mas, a nosso ver, insuficientes para fornecer proteção contra micropartículas respiratórias portadoras de vírus, liberadas no ar por pessoas infectadas. O problema é especialmente pior em ambientes fechados, particularmente aqueles que estão lotados e com ventilação inadequada em relação ao número de ocupantes, e em períodos de exposição prolongados”, dizem os cientistas.
As recomendações dos especialistas que elaboraram o estudo são:
https://www.instagram.com/p/CCUs0gnl2O4/
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