Especialistas em direito do consumidor dizem que o cliente não deve definir sua opção de viagem apenas pelo preço.

Tem viagem no feriado. Quem não viaja nesta quarta-feira (21), pode viajar no próximo feriadão. Por isso, é preciso ter atenção: nem sempre os pacotes de viagem com os preços mais baixos são um bom negócio.

Não é só em horário de pico. Tem fila a qualquer hora do dia nos aeroportos. Os preços mais em conta estão contribuindo para isso. “Foi para Porto Seguro, uns R$ 150. Achei excelente”, conta uma passageira.

Especialistas em direito do consumidor dizem que o cliente não deve definir sua opção de viagem apenas pelo preço, porque por trás de ofertas tentadoras, pode haver cláusulas contratuais capazes de transformar uma pechincha em um péssimo negócio.

O jornalista Geraldo Félix de Almeida Jr. comprou uma viagem para Salvador pela internet quando viu um anúncio por menos de R$ 100. Ele só não contava com um imprevisto: apareceu um compromisso dez dias antes do embarque. Quando ligou dizendo que iria desistir do negócio. “Eu teria que pagar a taxa de reembolso de R$ 150 para poder receber os R$ 99 que eu paguei da passagem. Desisti”, desabafa Geraldo.

“O consumidor pode sim desistir com sete dias de antecedência pela venda feita por internet, ou seja, fora do estabelecimento físico, comercial, sem pagar alguma multa. Se ele não conseguir resolver de uma forma amigável, na Justiça já se entende que, por aquela cláusula não ter validade, ele teria o direito a restituição integral”, afirma a advogada Luciana Atheniense.

Ainda segundo a advogada, só quando o cliente precisa remarcar a viagem é que prevalecem as condições do contrato. “O consumidor tem que ler o contrato. Ele tem que saber as restrições que vai ter em virtude daquele preço baixo”, diz.

Fonte: Bom Dia Brasil/G1