A tensão entre Estados Unidos e países do Oriente Médio atingiu níveis preocupantes nos últimos dias. O “inimigo nº 1” dos americanos desta vez é o Irã. Após a morte de Qassem Soleimani, chefe de uma unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã, em Bagdá, capital do Iraque, no dia 3 de janeiro. A promessa de “vingança” por parte dos iranianos começou a ser cumprida com o ataque a duas bases no Iraque que abrigam forças americanas e iraquianas na noite dessa terça-feira (dia 7).
Mas como fica a vida do turista neste momento? Quem sempre sonhou para viajar para um desses países ou seus vizinhos deve adiar os planos? E quem já está de passagem comprada, deve cancelar ou seguir viagem?
O turista estrangeiro, por si só, já é um ser vulnerável, por estar fora de seu habitat natural, em contato com cultura e costumes diferentes dos seus, muitas vezes sem dominar perfeitamente o idioma do local da viagem.
Em situações extremas como a atual, essa exposição do viajante a risco se agrava ainda mais.
O Ministério das Relações Exteriores tem uma lista de níveis de recomendação de viagens, dividida em 5 categorias.
A classificação de cada país em uma das categorias é feita pela área consular do Itamaraty, em Brasília. Para isso, são levados em consideração diversos relatos da Rede Consular brasileira acerca da realidade local, eventual identificação de casos de violência, ameaças à saúde ou ao bem-estar de turistas e quaisquer outros problemas estruturais que possam eventualmente afetar nacionais do Brasil naquele local, incluindo diferenças culturais, sociais ou políticas que tenham impacto real na vida do estrangeiro.
Critérios objetivos, como a existência de Consulado ou Embaixada do Brasil no país, ameaças bélicas, recorrência de catástrofes naturais na região e deficiências na infraestrutura também embasam a classificação, que é revisada anualmente e poderá ser alterada excepcionalmente ao decorrer de um determinado ano por situações excepcionais.
Um dos destinos preferidos dos turistas brasileiros não teve seu nível de risco afetado até o momento, segundo o Itamaraty. Apesar das ameaças de retaliação do governo iraniano, de acordo com o Ministério, os Estados Unidos continuam – até o momento da publicação deste texto – com a recomendação “Viajar com precauções normais de segurança”.
Os únicos alertas que o órgão faz são os seguintes.
A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil e em diversos países do mundo adotaram um tom mais cauteloso. Foram emitidos nessa terça (dia 7), alertas a cidadãos americanos fora do país para “manterem discrição” e “reverem planos de segurança pessoal”.
O comunicado aparece nos sites das embaixadas dos EUA na Alemanha, França, Reino Unido, Rússia, Espanha, Jerusalém, entre outras.
A embaixada no Brasil recomenda que os cidadãos fiquem alertas “sobre seu entorno” e “em locais frequentados por turistas”, e que tenham “documentos de viagem atualizados e facilmente acessíveis”. A representação americana afirma, ainda, que “continuará analisando a situação de segurança e fornecerá informações adicionais conforme necessário”.
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