Enquanto o Ministério do Turismo comemora o crescimento do número de brasileiros viajando pelo país — que deve chegar aos 60 milhões este ano — os consumidores estão cada vez mais desconfiados em vista de notícias de falência e fechamento repentinos de operadoras e agências de viagens. Só no ano passado foram três grandes operadoras, Trip&Fun, Tia Augusta e Shangri-lá, deixando cerca de 7.500 clientes sem viajar.
O Procon de São Paulo diz que a Justiça é o caminho para reaver o dinheiro gasto com os pacotes turísticos. E sugere que seja criado um fundo garantidor para cobrir prejuízos dos consumidores com a falência de agências e operadoras.
— É importante que o consumidor saiba que mesmo a empresa que decretou falência deve honrar seus compromissos. O cliente que se sentir prejudicado deve ir à Justiça buscar seus direitos, se não for possível um acordo com a agência ou operadora de turismo. Creio que seja a hora de pensar em mecanismos de proteção para esse setor, como um fundo garantidor, a exemplo dos bancos, para que o consumidor não arque com todo o prejuízo sempre que ocorrer o fechamento de uma dessas empresas — afirmou Selma do Amaral, diretora de Atendimento do Procon de São Paulo.
Fonte: O Globo