O destino é aquele que você já estava pesquisando, e o preço cobrado pela agência é justamente o que você pode pagar. O hotel, a passagem aérea, os pacotes de passeio e lazer também estão dentro do orçamento. A viagem então está pronta para começar?
Os órgãos de defesa do consumidor recomendam que a empolgação seja controlada nesta etapa. Principalmente diante de uma realidade econômica que dá incertezas ao setor: na última semana, a Nascimento Turismo, uma das maiores do Brasil, pediu recuperação judicial.
No ano passado, outras empresas tradicionais, como a Tia Augusta, encerraram atividades e preocuparam clientes fieis que mantinham relacionamento e tinham serviços agendados com ela.
Os contratos firmados até o fechamento, alertam especialistas, devem ser mantidos. “É uma situação delicada, pois o risco é grande para o consumidor cair em prejuízo”, afirma o coordenador do Procon de Santos, Rafael Quaresma. Segundo ele, para que isso não ocorra, é preciso que o cliente esteja amparado legalmente.
A falência de uma empresa é algo que nem sempre pode ser revertido, como ocorre com as agências de turismo que enfrentam a concorrência do mercado virtual. Por isso, lembra Quaresma, na hora da compra o consumidor deve receber comprovantes.
Ao adquirir um pacote, vários serviços estão atrelados: passagens, reservas de hotéis, passeios, alimentação. “Você comprou. Então, deve sair com todos os comprovantes. Eles é que vão assegurar a garantia da sua viagem”, explica o coordenador.
Da mesma forma, a Fundação Procon recomenda que o consumidor não confie tanto o quanto gostaria na agência de viagem, mesmo que a empresa seja prestadora de serviço há tempo suficiente para que não haja qualquer desconfiança.
“Vale, sim, checar com a companhia aérea e o hotel se esses tíquetes estão válidos e se está tudo certo. Ninguém quer ter surpresa no aeroporto”, lembra Quaresma. Ele lembra, porém, que a agência tem total responsabilidade sobre os serviços e deve garanti-los.
Os passos recomendados pelos órgãos de defesa do consumidor para poder evitar eventuais prejuízos ou problemas é manter diálogo com a empresa prestadora de serviço. Caso ela não atenda às necessidades, vale acionar as instituições de defesa do consumidor.
A Fundação Procon faz a intermediação do diálogo entre cliente e empresa, mas salienta: casos que envolvam recuperação judicial da empresa podem acarretar ações imediatas na Justiça.
“Dano moral pode se encaixar nesses casos. Às vezes, você esperou a viagem por um bom tempo e ela não aconteceu, não por sua culpa”, diz Quaresma.
Confira 13 dicas para uma viagem bem-sucedida:
1. Hospedagem fantasma
Para não correr o risco de chegar ao seu destino e descobrir que o imóvel que você alugou não existe, alguns cuidados são necessários: confira as informações do contrato e entre em contato com o hotel para confirmar a reserva.
2. Localização ideal
Para verificar a localização de hotéis, pousadas, albergues, flats e casas alugadas e fazer um tour virtual pelas redondezas, use ferramentas como o Google Maps (maps.google.com.br/) e o Street View (goo.gl/qM8mnn).
3. Bonito só na foto
As fotografias publicadas no site de hotéis, pousadas e albergues ou mesmo por proprietários de casas para aluguel costumam ser produzidas e mostrar só os melhores aspectos do ambiente. Vale procurar imagens alternativas.
4. Duração da diária
Você sabia que a diária de hospedagem deve durar 24 horas? É o que diz o Artigo 23, Inciso IV, da Lei Geral do Turismo.“Caso a empresa negue a duração da diária conforme a lei, o consumidor pode ficar mais tempo do que o horário previsto para o check-out, pagar a mais e, depois, recorrer ao Procon ou à Justiça, a fim de receber o valor cobrado indevidamente em dobro”, orienta o advogado do Idec Flavio Siqueira Junior.
5. A