Neste mês de outubro, o NECTAR (Núcleo de Economia dos Transportes do ITA) apresentou uma minuciosa pesquisa realizada ao longo de 24 meses, entre 2008 e 2010, que demonstrou importantes fatores que repercutem no acesso deste transporte ao passageiro, consumidor final.
Dentre outras ponderações, a pesquisa demonstra que, ao contrário da experiência internacional, companhias aéreas cobram mais barato nos voos sem paradas, enquanto nos voos com escalas e conexões, cobram até 30 % a mais do passageiro, mesmo que o percurso acarrete em uma maior fadiga ao próprio consumidor em razão do aumento da permanência da viagem aérea e do cansaço.
Como justificativa para o acréscimo, as empresas aéreas alegam aumento de custo em razão das paradas decorrente de maior gasto com tripulação e tarifas pagas à INFRAERO, responsável pela administração dos aeroportos. Então, quanto maior o número de paradas, maior o preço.
Alessandro Oliveira, pesquisado do Néctar, ressalta que “A passagem pode ficar até 75% mais cara do que um voo sem parada. Nossa avaliação é que isso acontece porque, no Brasil, há menos concorrência”.
Diante desta ponderação, espera-se que a concorrência entre as empresas aéreas nacionais aumente e novos percursos sejam incorporados, com intuito de serem reduzidas as paradas (escalas e conexões) que repercutem no aumento do valor do bilhete aéreo nacional.
Vale ressaltar que uma diversificação de empresas aéreas e uma diversificação de rotas não podem prejudicar a prestação segura e eficiente do transporte aéreo de passageiros e sua respectiva bagagem.
Caso tenha interesse em maiores detalhes sobre esta pesquisa, consulte:
http://www.wix.com/nectartransportes/estudos