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17/04/2013

Dicas para comprar passagens aéreas baratas sem cair em enrascadas

Orçamento reduzido, escolha do que visitar e fazer no destino e estabelecer tempo de duração da viagem. As vantagens do turismo independente atraem cada vez mais adeptos, no entanto, sem pesquisa e atenção, o passeio pode se tornar um grande pesadelo.

Segundo os especialistas, a compra de passagens fraudulentas e calote de agências de turismo estão entre os principais problemas enfrentados pelo viajante que abre mão dos pacotes turísticos para criar o próprio roteiro, por isso, é preciso ficar de olhos abertos. “O primeiro passo, com certeza, é encontrar a passagem aérea adequada, pois é o gasto que mais tem variação e menos concorrência. Dependendo do destino, poucas companhias aéreas oferecem as passagens”, indicou o editor-chefe do blog Melhores Destinos, Denis Carvalho.

A busca pelo melhor preço pode ser feita nos sites das próprias companhias de turismo, sugeriu o dono da empresa Ecotrips, Willians Rodrigo Barreto. “A utilização de milhas vem ganhando mercado. As companhias promovem bons preços para as pessoas se tornarem fiéis ao programa delas”, acrescentou. “Se achar o melhor preço pela companhia aérea, é uma boa opção, mas muitas não parcelam e se for uma empresa internacional geralmente há a cobrança de 6,38% de IOF, o normal é 0,38% no cartão de crédito.

As agências de viagem, virtuais ou físicas, cobram comissões, mas muitas vezes oferecem preços de passagens menores que os dos sites das companhias aéreas. Isso ocorre graças a acordos comerciais de exclusividade. Além disso, você escapa do IOF e tem a garantia de atendimento aqui no Brasil se algo der errado”, explicou o editor do blog Melhores Destinos.

Antes de fechar a compra, Carvalho alerta sobre a importância de “desconfiar de ofertas mirabolantes de empresas desconhecidas” e certificar que a companhia é confiável, por isso, vale buscar referências em blogs e redes sociais. “Há ainda sites especializados em reclamações”, acrescentou. Outra dica é checar a regularidade no Cadastur – site que disponibiliza empresas legalizadas pelo Governo.

Barreto e Carvalho não recomendam o uso de sites de compras coletivas para adquirir a passagem aérea. “O grande problema são as promessas de preços muito abaixo do normal, principalmente esses em compras coletivas, que destacam promoções, porém deixam muitas coisas em entrelinhas. Precisa ler e se atentar muito”, aconselhou o proprietário da Ecotrips. “Normalmente é uma agência vendendo um pacote normal por meio do site, como estratégia de marketing. Nesse caso, compare para ver se há realmente um desconto”, complementou Carvalho.

Passagens aéreas: quando comprar?

“As empresas aéreas tentam convencer o consumidor de que quanto maior a antecedência, melhor. Mas não é verdade. Nós acompanhamos o preço das passagens dia após dia e percebemos que comprar com muita antecedência é tão ruim quanto comprar em cima da hora”, esclareceu Carvalho. Determinar o período ideal para adquirir as passagens aéreas está condicionado à época da viagem: alta ou baixa temporada.

Se a viagem estiver agendada para os meses de dezembro, janeiro, julho, feriados ou épocas de eventos especiais no destino, “o ideal é comprar voos nacionais com antecedência de 60 a 90 dias e internacionais de 60 a 120 dias”, afirmou Carvalho. Em outros períodos do ano, o editor do Melhores Destinos disse que a compra pode ser feita de 25 a 40 dias antes para voos nacionais e de 30 a 60 dias para internacionais.

É claro que as companhias aéreas aumentam os preços de acordo com a demanda, por isso, em épocas concorridas os preços serão mais salgados, mesmo com planejamento de meses, explicou Andrade. “Alguns sites oferecem opção para procurar passagens com data flexível. O Skyscanner, por exemplo, te dá a opção de fazer uma busca em meses ou até no ano inteiro. As diferenças de valores entre datas ultrapassam 200%. A mesma passagem pode custar R$ 1 mil e R$ 2,5 mil”, contou.

Hospedagem e passeios

Com as passagens nas mãos, o passo seguinte é escolher onde se hospedar. A pergunta que o viajante deve fazer é: “como vai se locomover na cidade?”, disse Carvalho. “Se for alugar um carro ou contratar passeios pode pegar um hotel melhor e mais barato, mas um pouco mais afastado. Se usar transporte público, é melhor investir em um hotel bem localizado, ainda que mais simples”, aconselhou. É fundamental saber o que o destino oferece como transporte e infraestrutura, disse Andrade.

Escolha atrações, faça um roteiro e veja como chegará aos locais. “Muitas vezes é necessária a contração de tours”, de acordo com o criador do Mochileiros. Para Carvalho, é sempre interessante fazer um passeio com guia da região, pois oferece informações detalhadas sobre o lugar. Sites com promoções também podem ser interessantes, contanto que a compra seja feita com atenção às condições, disse Barreto. Depois de esboçar as atividades diárias, pesquise os demais gastos, como alimentação e compras.

“Viajar desinformado é a pior coisa que pode acontecer. É como aprender a cozinhar: quanto mais se sabe sobre os ingredientes e modo de preparo, melhor ficará o prato”, concluiu o criador do blog Mochileiros, Silnei Andrade.

Fonte: Portal Terra

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