Quando planeja suas férias, a maioria das pessoas não quer ficar pensando em coisas desagradáveis que podem acontecer durante a viagem. O seguro é uma medida de prevenção que pode diminuir os transtornos de eventos como o extravio de bagagens ou a contração de alguma doença, ou até casos piores, como um acidente fatal, que pode gerar custos altíssimos de traslado.
O seguro de viagem pode ser contratado com um corretor ou em agências de viagem. Os preços variam de acordo com o tipo de cobertura e a idade do contratante.
Veja abaixo sete dicas para quem vai viajar e pretende comprar um seguro:
1 – Leia muito bem os itens incluídos na apólice, pois eles podem variar muito. Os seguros mais básicos apenas oferecem um valor em dinheiro por morte ou invalidez acidental e ressarcimento limitado por gastos médicos. Outros serviços, como cobertura para perda e extravio de bagagem, custeio de traslados em caso de acidente ou morte, e assistência no exterior, podem estar incluídos ou não.
2 – Verifique se seu cartão de crédito oferece seguro de viagem. Muitos cartões têm esse serviço gratuito para todos os clientes. Mas, ao mesmo tempo, costumam ser bastante básicos. Por isso, é importante pedir à operadora do cartão a apólice do seguro oferecido e, caso a cobertura não seja considerada suficiente, cogitar contratar outro plano separadamente.
3 – Cuidado com seguros contratados no exterior. Eles podem ser comprados pela internet e, em muitos casos, podem ser mais em conta que os nacionais. No entanto, ainda que vários deles sejam bons e cumpram o que a apólice promete, caso isso não aconteça, não haverá a quem recorrer no Brasil, já que eles não se submetem à nossa legislação. Além disso, o valor pago pelo seguro dentro do Brasil, por lei, é isento de imposto. Se o dinheiro vier do exterior, pode ser tributado.
4 – Não omita riscos relevantes. Se vai viajar e já sabe que vai praticar alguma atividade mais arriscada, como, por exemplo, esportes radicais, avise ao corretor para que procure um seguro adequado à sua viagem. Claro que, quanto mais o contratante se expuser a riscos, mais alto será o preço do seguro. No entanto, se alguma informação importante for omitida, a seguradora pode criar complicações posteriormente, alegando que a contratação não foi feita de boa-fé.
5 – Em caso de dúvida ou problema com o seguro, o viajante deve primeiro buscar a ouvidoria da seguradora. Se a situação não se resolver, o órgão a ser procurado é a Superintendência de Seguros Privados (Susep), no telefone 0800 021 8484.
6 – Esqueceu de fazer o seguro antes de partir? Ainda é possível entrar em contato com o seu corretor, mesmo quando já em viagem. Mas lembre-se de avisar que já está se deslocando, pois isso precisa ser discriminado. Do contrário, caso seja necessário acionar o seguro, pode parecer que ele foi feito depois que algum problema foi constatado.
7 – Vai alugar um carro? Lembre-se de também se informar sobre o seguro do veículo e sua cobertura para danos a terceiros, que não estão incluídos nos seguros de viagem. Osvaldo Nascimento aponta que a maioria dos casos de acidentes que chegam às seguradoras envolvendos turistas brasileiros no exterior estão relacionados à condução de automóveis.
AS PRINCIPAIS DÚVIDAS
O que cobre um plano básico de seguro viagem?
Atendimento médico e odontológico, interrupção e cancelamento de viagem, acidentes pessoais, morte acidental, invalidez permanente parcial ou total por acidente e extravio de bagagens.
Hospitais no exterior cobram valores altos?
Sim. Por exemplo, nos Estados Unidos, onde o sistema de saúde é limitado até mesmo para quem nasceu lá, existem casos de hospitais que cobram cerca de US$ 2 mil em internações.
A companhia aérea é obrigada a ressarcir o viajante que tem a sua bagagem extraviada independentemente se ele contratou ou não o seguro viagem?
Sim. Após o embarque, a bagagem é responsabilidade da empresa aérea e o viajante pode processá-la por danos materiais em caso de extravio. O seguro viagem é útil neste caso porque ajuda a acelerar o processo de indenização
O seguro viagem é obrigatório?
Depende do destino. Na Europa, os países que integram o Tratado de Schengen exigem seguro viagem que cubra pelo menos 30 mil euros para despesas médico-hospitalares. São estes: Reino Unido, França, Irlanda, Alemanha, Espanha, Portugal, Grécia, Noruega, Holanda, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Hungria, Itália, Luxemburgo, Malta, Polônia, República Tcheca e Suécia. Cuba também exige seguro, enquanto a Austrália requer seguro-saúde especifico chamado Overseas Students Health Cover.
Quanto o seguro viagem cobre?
O valor varia porque depende do que consta na apólice. Em geral, vai de US$ 6 mil a US$ 150 mil.
O seguro básico cobre acidentes esportivos?
Não, por isso é preciso considerar o tipo de viagem antes de fechar contrato. Se a viagem envolver esportes radicais é essencial contratar seguro especifico. Deve-se também considerar se o destino é um país que passa por situação endêmica. Para alguns países africanos, por exemplo, é necessário tomar vacinas.
É muito caro?
Não. Uma viagem de uma semana, período médio de viagem de famílias brasileiras durante julho — com cobertura de aproximadamente US$ 10 mil pode custar menos de R$ 100.
Fonte: G1 e Viajando Direito