Está nas regras de etiqueta: se o passageiro não tem fácil acesso à janela, nem ao corredor do avião, o mínimo que ele pode ter são os encostos de braço das poltronas – o que ele também precisa, com frequência, brigar com os vizinhos de poltrona. Não é a toa que as poltronas do meio, em fileiras com três ou mais assentos, são sempre as últimas a serem vendidas.
Em um artigo divulgado no início de novembro no site da BBC, a ex-comissária de bordo Beth Blair cita algumas soluções para divergências neste sentido:
– Como as pessoas das poltronas nos extremos têm um encosto inteiramente à sua disposição, nada mais justo que os encostos do meio sejam de direito do passageiro do meio.
– Se ele quiser ceder um encosto ao vizinho, cabe ao passageiro do meio decidir.
– Outra opção é compartilhar os encostos ao longo do voo. Em um momento você usa, em outro é o vizinho. Isso, claro, se houver consenso.
– Às vezes, o vizinho de poltrona é maior em tamanho, mais velho ou está com uma criança de colo. Nestes casos, deixar que ele ocupe os encostos, mesmo que esteja sentado no assento da ponta, pode ser um gesto de boa vontade.
– Há quem prefira dividir diferentes partes do mesmo encosto. Enquanto um vizinho ocupa a parte de trás do encosto, o outro fica com os braços na parte da frente.
Fonte: Gazeta do Povo