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Notícias

18/11/2019

O Festival da Jabuticaba que não vi!

Por Luciana Atheniense

No último final de semana, ouvi da imprensa que, na cidade histórica de Sabará, região metropolitana de Belo Horizonte, estava sendo organizada a 33ª edição do Festival da Jabuticaba. Esse evento incluía um roteiro gastronômico com barracas de comidas variadas, sendo 26 estandes de produtos derivados e 15 dedicados à gastronomia, além de shows e artesanato local.

Na manhã de 17 de novembro, domingo, em companhia do meu marido, filhos e de meus pais, optamos por conhecer esse famoso festival mineiro. Por volta das 10 horas, já estávamos na estrada ansiosos em poder saborear as deliciosas frutas e em visitar o histórico Teatro Municipal de Sabará, estilo elisabetano de 1819, que foi restaurado e reinaugurado este ano.

A 12 km da cidade, encontramos um trânsito intenso, que, segundo o aplicativo de rota Waze, a previsão estimada para chegar ao local do evento era de uma hora e quinze minutos. Confesso que ficamos assustados, mas, mesmo assim, optamos por prosseguir nossa viagem gastronômica. Entretanto, ao passarmos em frente ao Centro de Atendimento ao Turismo, localizado em uma bonita casa colonial, verificamos que muitos carros já começavam a estacionar e outros desistiam e retornavam para Belo Horizonte.

Diante dessa indefinição, obtivemos informação de moradores locais que, devido à intensa demanda de veículos, ainda deveríamos enfrentar mais 50 minutos de carro, sem qualquer garantia de que conseguiríamos locais para almoçar e para estacionar nosso carro, próximos ao evento. Essa informação desestimulou minha família a prosseguir viagem rumo ao centro da cidade onde acontecia o festival.

Em virtude da impossibilidade de prosseguir nosso percurso, somente conseguimos comprar um saco de jabuticaba de um vendedor ambulante, com o intuito de tentar saborear a famosa jabuticaba local.

Segundo informações divulgadas na mídia, a Polícia Militar informou que o público presente neste Festival, em 2018, foi de 130 mil pessoas e, este ano, estavam previstas aproximadamente 100 mil. Confesso que ficamos decepcionados com a impossibilidade de não conseguir comparecer ao Festival. 

Será que, no próximo ano, devo encarar a estrada rumo a Sabará às 7 horas? Ou a responsabilidade deve estar vinculada ao governo local e aos organizadores do evento que não conseguiram prever e, sobretudo, organizar uma infraestrutura adequada para comportar, de forma satisfatória, a intensa demanda de seus visitantes?

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