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08/09/2014

O transporte aéreo e suas poltronas (des) confortáveis

imagesPor Luciana Atheniense

Há quase quinze anos convivo quase diariamente com manifestações de passageiros expressando insatisfações em relação aos serviços aéreos disponibilizados, seja em relação ao trecho nacional ou internacional.

Nos últimos meses, recebi reiterados relatos que me deixaram preocupada: poltronas quebradas nas aeronaves, tanto nas classes econômicas como nas executivas.

É usual as empresas aéreas divulgarem em sua publicidade que fornecem poltronas confortáveis que proporcionam comodidade aos seus passageiros.

Tal informação nem sempre corresponde à verdade!

Em relação à classe econômica, por exemplo, já foi comprovado que a distância entre as poltronas diminuiu, gerando incomodo e indignação de seus passageiros, em razão da ganância das empresas que colocaram um maior número de assentos em suas aeronaves.

Já na classe executiva, para aqueles passageiros que optam por “pagar mais”, na expectativa de poderem usufruir de cadeiras que se transformam em “verdadeiras camas”. Esta escolha pode estar vinculada ao elevado poder aquisitivo do passageiro, à facilidade de emitir o bilhete superior vinculado às milhas/pontuação acumuladas junto ao programa de fidelidade da empresa ou, até mesmo, em virtude de problemas de saúde e a recomendação médica determina que a viagem seja realizada o mais confortável possível.

Nestas duas classes, somente após a decolagem da aeronave, alguns passageiros percebem que sua poltrona está quebrada, sem conseguir realizar qualquer reclinação e, muito menos, transformá-la “em camas”, conforme assegurado aos clientes da classe executiva.

É comum nestes casos o avião estar com a sua capacidade lotada e a tripulação não tem a capacidade técnica para sanar o defeito do assento, não restando alternativa ao passageiro senão permanecer na poltrona quebrada, de forma desconfortável, durante todo percurso contratado que, muitas vezes, corresponde a distantes trechos intercontinentais.

Este incômodo físico pode perpetuar até mesmo após o desembarque, pois há casos em que o passageiro precisa que recorrer a tratamento de fisioterapia para sanar a forte dor nas costas causada pelo assento quebrado disponibilizado pela empresa.

Ora, independente da classe de voo (econômica, executiva), cabe à empresa aérea a responsabilidade de disponibilizar poltronas em perfeito estado de uso. Não se pode admitir que a falta de manutenção dos assentos impusesse ao passageiro a obrigação de permanecer em uma poltrona “quebrada” que acarreta frustração, desconforto, até mesmo dores físicas,  ao cliente que sempre acreditou “na comodidade e no conforto do serviço aéreo prestado”.

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