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03/11/2016

Scanners de aeroportos serão menos constrangedores graças à inteligência artificial

inspecao_aeroportoAté o Papa deve sentir uma pontada de nervosismo ao passar pelos scanners dos aeroportos. Pudera: na maioria das vezes, o alarme soa por causa de algo irrelevante, como moedas esquecidas no bolso. Mesmo que você encontre rapidamente o objeto problemático, o alívio de passar pela máquina não substitui o constrangimento. A boa notícia é que uma tecnologia baseada em inteligência artificial está prestes a pôr fim nesse problema.

Mas não são só metais que causam problemas com a segurança. Por isso, há um elemento que está ganhando cada vez mais importância nos aeroportos de todo o mundo: o scanner corporal (body scanner), máquina que usa ondas de radiofrequência para montar uma espécie de “radiografia” de corpo inteiro da pessoa.

Essas máquinas causam polêmica porque a imagem da pessoa criada na tela é capaz de revelar até detalhes sutis do corpo, como aquele pneuzinho habilmente disfarçado com a roupa ou o formato “daquela parte”, embora muitos sistemas limitem a formação da imagem para evitar constrangimentos. Para alguns, é como se a máquina tivesse o poder de deixar o indivíduo pelado. Há ainda o temor de que a radiação do aparelho cause problemas de saúde, a despeito de os fabricantes afirmarem que não há perigo.

Apesar das polêmicas, o scanner corporal permite que a segurança descubra, com relativa facilidade, se a pessoa está transportando drogas, explosivos, montantes de dinheiro não declarado e outros itens ilegais que não são percebidos com detectores de metais.

Por essa razão, dificilmente as autoridades abrirão mão dessa ideia. Se é assim, a saída é encontrar um equilíbrio entre os procedimentos de segurança e o bem-estar de quem frequenta os aeroportos seguindo todas as normas.

Scanner inteligente

Quando os funcionários da segurança identificam algo suspeito, geralmente a pessoa deve passar por uma inspeção mais rigorosa, que pode ser feita ali mesmo ou, dependendo das circunstâncias, em um recinto específico para esse fim. Mas, mesmo quando a pessoa é retirada da fila, o processo pode atrasar todo mundo que vem atrás, para desespero de quem está atrasado.

E se fosse possível fazer uma checagem mais rápida e, ao mesmo tempo, diminuir os casos de alarme falso? Algumas empresas estão trabalhando nisso. Uma delas — e a que mais tem se destacado — é a startup Evolv Technology.

A tecnologia da empresa não dispensa o usuário de passar pelo scanner corporal, mas acelera o processo. A máquina usada nos aeroportos normalmente exige que a pessoa fique alguns instantes parada com os braços erguidos dentro de uma cabine. Já o scanner da Evolv pode fazer a checagem com o indivíduo andando. Assim, é necessário apenas passar pela área de inspeção. Nada de parar ou levantar os braços.

Cabine do scanner
Não há nenhuma tecnologia física altamente sofisticada no scanner da Evolv. O equipamento usa o mesmo mecanismo de ondas milimétricas existente nos scanners corporais convencionais. Porém, a verificação é feita a partir de uma espécie de radar que lança feixes sobre a pessoa enquanto ela caminha e mede como as ondas se espalham em resposta.

Em vez de construir uma “radiografia” de corpo inteiro do indivíduo, o sistema da Evolv analisa os dados obtidos com o radar. Um algoritmo de aprendizagem de máquina foi treinado para identificar padrões nas análises que correspondem a explosivos, armas, drogas e outros itens que merecem atenção.

Como não é preciso montar uma imagem e as pessoas não precisam ficar paradas, a tecnologia consegue fazer análises rápidas. A Evolv estima que um único scanner pode analisar 800 pessoas por hora.

evolv_techFunciona?

Segurança em aeroportos é um assunto sério, portanto, não dá para esperar que uma tecnologia como essa seja adotada prontamente. Isso só vai acontecer depois de testes realizados à exaustão.

Em condições laboratoriais, a tecnologia da Evolv funciona bem, mas é na “vida real” que o scanner mostrará se pode mesmo cumprir tudo o que promete. A empresa já está cuidando disso: neste mês, testes começarão a ser feitos em lugares como o Aeroporto Internacional de Denver e o metrô de Los Angeles.

Os testes permitirão não só que a Evolv identifique aspectos que precisam ser melhorados na tecnologia como também servirão de treinamento para o algoritmo.

Fonte: Tecnoblog

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