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26/09/2016

Paralimpíada deixa importante legado aos aeroportos brasileiros

14380025_1093275684042778_4088419571786975947_oOs Jogos Paralímpicos acabaram, mas nos aeroportos a atividade ficou ainda mais intensa no dia seguinte ao encerramento das competições. E o resultado positivo da operação aponta o caminho do legado para todo o setor aéreo brasileiro e Passageiros com Necessidade de Atendimento Especial (PNAE).

O aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, por exemplo, embarcou sem incidentes mais de 800 passageiros usuários de cadeiras de rodas só na segunda-feira (19). Para se ter uma idéia, em outro dia comum, o aeroporto embarca entre 60 e 80 passageiros em cadeiras de rodas ao longo de um dia.

Mesmo a multiplicação dos números entre um dia comum e o pico da operação na Paralimpíada não atrapalhou o desafio de manter a pontualidade e o máximo nível de segurança aos atletas paralímpicos, delegações e demais passageiros. A pontualidade nos 10 principais aeroportos monitorados durante os Jogos Paralímpicos alcançou a marca de 95,3%, ligeiramente melhor que o resultado de 94,8% das Olimpíadas. Uma prova dessa eficiência foi o embarque de 50 passageiros usuários de cadeira de rodas em um único voo de uma companhia chinesa. A operação gastou, em média, apenas 1 minuto, para embarcar cada passageiro.

Para o diretor de Gestão Aeroportuária da Secretaria de Aviação Civil, Paulo Henrique Possas, o sucesso está no planejamento e oferta de serviços até mesmo fora dos aeroportos. “Num desafio ainda maior, a Paralimpíada superou a Olimpíada. A agilidade nos processos e operação teve grande contribuição do check-in remoto instalado na Vila dos Atletas”, destacou.

Essa experiência do check-in remoto foi pioneira no País e inspirada no sucesso de Londres 2012. Mas a preparação do setor de aviação para a Paralimpíada começou logo após o encerramento da Copa do Mundo, quando foi criado um subcomitê de acessibilidade dentro do Comitê Técnico de Operações Especiais (CTOE) – este último coordenado pela Secretaria de Aviação Civil. De lá pra cá foram 54 viagens de planejamento da Secretaria de Aviação para os Jogos; 107 mil quilômetros percorridos, o que equivale a seis vezes o trecho Rio-Tóquio, cidade sede da próxima olimpíada; 25 mil pessoas envolvidas nos eventos (quase meio Maracanã), entre órgãos públicos, aeroportos e comitê Rio 2016; além dos 20 simulados, eventos-teste e apresentações sobre planejamento nos aeroportos olímpicos. O resultado está aí e fica como legado para o País.

TRATAMENTO HUMANIZADO

O Andrezio Reis da Silva é agente especialista LATAM Airlines no aeroporto do Galeão e fez parte da equipe responsável pelo embarque e desembarque de Passageiros com Necessidade de Assistência Especial (PNAEs) no período dos Jogos Rio2016. Para ele, a participação em treinamentos com especialistas e em simulados coordenados pela Secretaria de Aviação Civil proporcionou mais que o aprimoramento no atendimento a esse público: a Paralimpíada contribuiu para mudar o seu jeito de enxergar as necessidades de cada passageiro.

“Além da técnica, nos colocamos no lugar destes passageiros para entendermos as necessidades deles. Em uma oportunidade de simulação, vendamos os nossos olhos, colocamos fones de ouvido para não ouvirmos nada e também utilizamos cadeiras de rodas. Agora sabemos que um gesto ou uma atitude diferente já podem mudar toda a experiência de viagem do nosso passageiro e o período das Paralimpíadas foi um momento único e muito importante para reforçar ainda mais este aprendizado”, afirmou Andrezio.

Esse é o resultado de uma longa e ampla preparação que foi do “solo ao céu”, da infraestrutura ao atendimento. Os Jogos Paralímpicos foram uma grande oportunidade de repensar e qualificar muitos procedimentos do setor de aviação civil no País. E isso fica como legado para os passageiros.

Fonte: Secretaria de Aviação Civil

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