Diz um antigo ditado que um dos melhores prazeres da viagem é o retorno. Porém, vários brasileiros estão privados desse deleite, em razão da pandemia de coronavírus.
Muitos são os viajantes que deixaram o Brasil estão impedidos de retornar, por causa de medidas como o fechamento de fronteiras, escassez de passagens e outras ações para tentar conter a disseminação do Covid-19.
Nessa situação, brasileiros têm lidado com diversos percalços, como o risco de contaminação, a falta de dinheiro e as incertezas causadas pela pandemia.
Segundo reportagem publicada pelo jornal Estado de Minas, há, aproximadamente 60 brasileiros retidos em Lisboa. A maioria chegou à Europa a passeio, no início do mês e, diante do fechamento de quase todos os aeroportos europeus, não conseguem voltar para casa.
Alguns desses viajantes chegaram pedir ajuda do Consulado-Geral do Brasil em Portugal, contudo receberam a assustadora resposta de que o órgão irá se envolver apenas em questões relacionadas à transferência de corpos para o Brasil ou em ocorrências de perda de documentos.
No site da embaixada brasileira em Lisboa, foi divulgado um comunicado, informando que o órgão trabalha com o governo português para “construir soluções que atendam aos brasileiros em necessidade (…) Pede-se a compreensão da comunidade quanto à gravidade da situação, que em muito ultrapassa a capacidade humana e material dos postos em reagir nos prazos e condições habituais”.
Quem consegue encontrar uma passagem de volta para casa tem se deparado com preços exorbitantes, de até R$14 mil.
Na América do sul também há casos de brasileiros impedidos de voltar para casa. Países como Equador e Peru seguem com as fronteiras fechadas.
Nessa sexta-feira, o governo anunciou que um avião irá partir de São Paulo com destino ao Peru para buscar brasileiros isolados. Além de Portugal, o Ministério das Relações Exteriores já recebeu dezenas de pedidos de ajuda vindos de Marrocos, Peru, Chile, Argentina e Republica Dominicana.
Segundo o Itamaraty, com o apoio de consulados e embaixadas, a prioridade é coordenar com governos e companhias aéreas o retorno ao Brasil dos viajantes brasileiros buscando dar toda a assistência possível em cada caso. De acordo com o órgão, nenhuma representação diplomática brasileira está fechada, apenas adaptaram o regime de trabalho, com horários especiais de atendimento ou teletrabalho em países assolados pelo coronavírus.
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