twitter.com/viajandodireito facebook.com/viajandodireito linkedin.com/company/1741762 youtube.com/viajandodireito Newsletter RSS UAI

Na Imprensa

11/05/2010

Um mero engano

Revista Viagem e Turismo - Seção Férias FrustradasO resort vendeu pescada-amarela como mero. E não levou em conta que o peixe nobre, da família da garoupa, está ameaçado de extinção

“Em janeiro, estive com minha família no resort Iberostar Bahia, na Praia do Forte. O atendimento foi excelente; a recreação, animada; e os apartamentos eram confortáveis. Mas, no penúltimo dia, tivemos uma decepção. Logo após a nossa visita ao projeto Tamar, onde assistimos a uma palestra sobre os animais marinhos em extinção, escolhemos o restaurante de cozinha mediterrânea do resort para jantar. Qual não foi a nossa surpresa ao verificarmos no menu que um dos pratos principais era o peixe mero, que está em extinção. Meu filho, indignado, não quis nem comer no restaurante. Diante do desrespeito ambiental vindo de um resort de nível internacional, até eu perdi a fome.”
Claudia Regina Voroniuk, Campo Mourão, PR.

O mero cresce lentamente e só começa a se reproduzir com 4 anos de idade. Como sua carne é muito saborosa, é cobiçado por restaurantes do mundo todo e tem valor comercial alto. No Brasil, capturar o mero é crime desde 2007.

O que diz a Empresa

O grupo Iberostar, por meio de seu assessor de impressa, Osmar Maduro, declarou que tudo não passa de um mal-entendido. “A inclusão do peixe mero no cardápio é um erro de tradução. Os cardápios são criados na Espanha, sede do grupo Iberoscar. Já estamos providenciando a correção, pois, na verdade, utilizamos nessa receita a pescada-amarela”, diz.

Quem tem Razão

“É inconcebível que um resort parceiro de um projeto ambiental justifique seu relapso em virtude de um erro de tradução”, dia a advogada Luciana Atheniense, autora do livro Viajando Direito. Segunda ela, há várias possíveis agressões ao consumidor. Veicular e oferecer um prato que não corresponde ao que foi realmente servido são considerados publicidade enganosa. Se o hotel não comprovar que o peixe utilizado é mesmo a pescada-amarela, não o mero, a situação é pior. “O hotel deve fazer essa correção imediatamente”, diz Luciana.

Ecologicamente Incorreto

Receitas pelo mundo que contrariam os códigos de defesa dos animais

Sopa de barbatana de tubarão

Em 2009, a chef californiana Alice Waters, pioneira na divulgação da comida orgânica, declarou ao New York Times que, se ela pudesse escolher a ultima refeição de sua vida, ficaria com o prato chinês. Não levou em conta que, todo ano, 10 milhões de tubarões morrem por causa da captura de suas barbatanas.

Pênis e olhos de tigre

Em restaurantes de Pequim, na China, as estranhas iguarias são consumidas por suas propriedades ditas “afrodisíacas”.

Carne de tartaruga

Infelizmente, ainda é um prato comum nas Ilhas Seychelles.

Porco-espinho cozido

Hanói, no Vietnã, é um dos lugares onde mais se comem animais selvagens. Mais de 150 restaurantes se juntaram à ONG WWF para protestar contra a prática.

Peixe-napoleão

A carne do peixe, parecido com o budião, custa US$ 100 o quilo no leste da Ásia.

Sushi de atum-azul gigante

O torô, retirado da barriga dessa espécie, é vendido a preço de ouro em Tóquio. Cientista e WWF defendem a proibição da pesca.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

1 × 2 =

 

Parceiros

Revista Travel 3