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25/04/2016

Criança no avião: dicas para tornar o momento menos estressante

crianca-no-aviaoViajar com a família é, geralmente, momento de muita alegria. Porém, quem já tem filhos sabe que o ato de viajar de avião pede certa atenção e planejamento, para que não se torne estressante para a criança e nem para os pais.

Diferentemente de uma viagem de carro, onde se pode parar sempre que houver necessidade, a viagem de avião exige paciência por parte da criança (que, dependendo da idade, poderá ter dificuldade para entender isso).

“Tudo depende da idade e do temperamento da criança e especialmente do nível de estresse dos próprios pais com a viagem. Avião tem um espaço limitado e a família estará rodeada por pessoas estranhas. Quanto menor a criança, menor será o controle sobre suas necessidades, pois não se pode exigir um nível de compreensão dos pequenos com relação às limitações. A partir dos três anos já é possível estabelecer algumas regras que podem tornar a viagem mais lúdica e menos perturbadora”, comenta Celia Lima, especialista em psicoterapia do Personare.

Dizer “você precisa ficar quieto(a) durante a viagem toda” certamente não é a solução, nem mesmo para crianças maiorzinhas. Mas há maneiras sutis de preparar a criança para essa “aventura”, bem como de distraí-la durante o voo. Algumas dicas simples podem ajudar (e muito) a viagem de avião a ser mais tranquila para pais e filhos!

1. Demonstre tranquilidade

Se a criança ouvir os pais falando o tempo todo que estão preocupados com a viagem ou, simplesmente, notar um clima de “preocupação no ar”, a situação pode ficar mais complicada. “Crianças tendem a absorver o estado de espírito dos pais em ocasiões diferentes, assim é desejável que os pais estejam calmos e que providenciem pequenos confortos para os filhos”, comenta Celia.

2. Fale da viagem na hora certa

Não adianta “esconder” a viagem de avião do filho com medo de como ele pode reagir. “É melhor falar sobre a viagem com alguma antecedência, mas não com tanta a ponto de desencadear ansiedade nos filhos”, destaca a especialista.

3. Prepare de maneira divertida a criança para a viagem de avião

Quando sentir que é o momento de falar sobre a viagem, faça isso de forma tranquila e aproveite para incluir no dia a dia da criança brincadeiras que envolvam o assunto. “Pode-se brincar de avião, assumir o papel dos comissários de bordo, do piloto, simulando o que pode e o que não pode ser feito no avião”, exemplifica Celia.

4. Converse com o pediatra

De acordo com Celia, consultar o pediatra das crianças também é fundamental. “Especialmente se seu filho costuma enjoar em viagens de carro. Se for necessário lançar mão de algum truque ou medicamento, os pais devem estar preparados para isso”, explica.

5. Ofereça líquidos

Célia explica que uma das razões pelas quais as crianças choram durante voos é o incômodo com a pressurização da aeronave, que pode provocar dor ou “entupimento” do ouvido. “Por isso, é bom ingerir líquidos, que ajudam a regular a diferença de pressão ‘corpo/cabine’. Mastigar, para os maiores, ou o uso da chupeta, para os menores, também pode ajudar”, diz.

6. Para percursos curtos, prefira viajar durante o dia

“Despertar a curiosidade da criança a respeito de como o avião pode voar e distraí-la com as nuvens (ficar na janelinha é um bom recurso) vão mantê-la ocupada por algum tempo”, diz Celia.

7. Esteja preparada para percursos longos

“Para percursos longos, quando geralmente as viagens são noturnas, leve o cobertorzinho familiar à criança”, orienta a especialista.

8. Leve o travesseiro

Independentemente da hora da viagem, leve um travesseiro. As crianças menores poderão se sentar nele para que possam ver fora da janela melhor; enquanto as mais velhas poderão dormir mais confortáveis com um travesseiro com o qual já estejam acostumadas.

9. Pense no espaço

Outra dica, de acordo com Celia, é, quando for fazer a reserva, preferir lugares especiais como os bancos livres na frente. “Você terá mais espaço para lidar com os pequenos”, diz.

10. Não ofereça milhões de alternativas

“Evite oferecer milhares de alternativas para distrair seu filho, espere que ele demande alguma coisa”, orienta Celia. Caso contrário, é bem provável que ele note que você está tentando distraí-lo de qualquer jeito, o que pode causar maior incômodo. Seja sutil.

11. Leve brinquedos/jogos interessantes

Não há como escapar, os brinquedos serão os melhores aliados na hora de distrair a criança. “Crianças tendem a se entediar facilmente, assim é bom ter uma sacolinha com alguns brinquedos”, comenta Celia.

Mas vale lembrar: “qualidade” é mais importante do que “quantidade” nesta hora. O fundamental é levar brinquedos/jogos interessante, que irão entreter a criança e não milhares de coisas que, no fim, nem serão usadas. “É válido levar o que puder ser feito sentado, que não tenha peças soltas (não se esqueça das possíveis turbulências) e que não faça barulho. Apenas tome cuidado para que a viagem não se transforme num playground. Não esqueça de que uma boa conversa explicando como é viajar de avião pode ajudar bastante”, orienta a especialista.

12. Leve alguns alimentos mais duradouros e saudáveis

Ofereça à criança alguns alimentos que a ocupem por mais tempo, como, por exemplo, uvas, passas, morangos, tomatinhos… São opções saudáveis e “divertidas” para ela comer.

Celia lembra, porém, que doces não devem servir como “moeda de troca”, mesmo porque eles duram pouco e a distração acaba. “Deixe que seu filho saiba que você tem um chocolate na bolsa, compre com ele no aeroporto. Se ele lembrar e pedir, não há problema em dar”, diz.

13. Aposte em adesivos

Levar pequenos adesivos pode ser muito válido. Eles são pequenos, práticos e podem manter as crianças entretidas por um tempo: entregue ao seu filho uma garrafinha de água, por exemplo, e convide-o a “decorá-la” como achar mais legal.

14. Conte com a ajuda da tecnologia (smartphone, tablet)

Esse tipo de distração é apenas mais uma alternativa, de acordo com Celia. “Se a criança já possui o smartphone ou o tablet, pode-se recorrer a eles. Mas comprar algo no gênero especificamente para essa ocasião é um exagero, mesmo porque a maioria das aeronaves é equipada com filmes e joguinhos. Para viagens curtas é totalmente dispensável”, explica.

15. Surpreenda a criança com brinquedos dos quais ela nem se lembra mais

Encontre em casa algum brinquedo que estava lá “esquecido” e leve na viagem, ele certamente distrairá a criança por um tempo, como se fosse algo novo/um presente dado a ela naquele momento.

“Isso pode ser feito, mas não com o caráter de ‘recompensa’. A cada vez que ela se agitar ou ficar impaciente, você vai ter mesmo que encontrar uma forma de acalmá-la e esses ‘presentes’ podem ser um recurso. Mas, deixar registrado que a criança pode ganhar alguma coisa caso se comporte bem, só vai fazê-la acreditar que o bom comportamento não é necessário, apenas uma forma de ser presenteada. Ela se sentirá autorizada a não se comportar bem caso não ganhe um presente”, alerta Celia.

16. Não se esqueça de levar itens essenciais para a criança

Celia comenta que os pais já estão acostumados com as necessidades dos bebês. “Para esses, é bom lembrar de consultar a empresa aérea, pois muitas oferecem facilidades, inclusive com relação à alimentação. Para a criança maior, não deve faltar água, uma ou duas trocas de roupa, agasalho, lencinhos higiênicos, cobertor (a referência dela na hora de dormir) e alguns livrinhos que ela goste”, diz.

17. Estimule a criança a levar sua própria bolsa

Dependendo da idade da criança, pode ser interessante fazê-la carregar sua própria bolsa de mão, com alguns itens úteis dentro: lencinhos, agasalho, por exemplo. Isso economiza espaço em sua bolsa e faz com que a criança se sinta “grande”, “responsável”, o que poderá entretê-la por mais alguns minutos.

Porém, vale destacar: não se deve exigir que a criança se responsabilize por coisas importantes.

18. Leve uma roupa extra para vocês

É válido para os pais levarem uma troca de roupa. Afinal, incidentes podem acontecer: a criança pode derrubar um pouco de suco na roupa de vocês ou até mesmo vomitar. Não é algo que se espera, mas, infelizmente, pode acontecer. É melhor se prevenir.

19. Leia para a criança

Os pais podem também ler algum livro que entretenha a criança, só não vale exagerar na quantidade e nem levar livros enormes.

20. Aposte na brincadeira da “polícia do avião”

Uma ideia válida é falar para a criança sobre a presença de um policial do avião que fica de olho em todas as crianças e em como elas estão se comportando. Partindo disto, pode-se inventar várias histórias. Claro que isso não significa “amedrontar” a criança, mas sim estimular sua imaginação, mantendo-a entretida por mais um tempo.

21. Estimule as crianças a andarem um pouco antes do voo

Enquanto espera o avião, uma boa dica é estimular a criança a andar um pouco com vocês pelo aeroporto. Afinal, no voo vocês já ficarão sentados por horas, o que pode incomodar a criança. Mas isso não significa “cansá-la”, bom senso é fundamental.

22. Vista a criança com roupa confortável

“É fundamental optar sempre por roupas confortáveis, fáceis de vestir, lembrando que a temperatura dentro do avião gira em torno de 20°C. Para os pés, tênis. É preciso andar bastante dentro do aeroporto, então é fundamental que o calçado seja igualmente confortável. Pode-se pensar em meias apropriadas para o chão, emborrachadas na sola. É importante caminhar um pouco no corredor do avião para ativar a circulação e isso serve também para os adultos”, comenta Celia.

23. Planeje a viagem

Celia lembra que, neste sentido, é bom evitar refeições pesadas e atividades exaustivas para a criança antes da viagem. “Todo o movimento vai exigir energia e atenção extra. Não se deve exigir que a criança se responsabilize por coisas importantes, como empurrar uma mala que pode ser esquecida e criar contratempos desnecessários. Não sair na última hora é fundamental. Melhor chegar no aeroporto com antecedência do que ter que apressar as crianças, que têm seu próprio ritmo para andar”, diz.

24. Tenha paciência

Celia explica que de forma alguma deve-se induzir o sono das crianças através de medicamentos. “Ela está acostumada com um copo de leite morno ou mamadeira antes de dormir? Ou um chá? É o que deve ser usado. Acima de tudo é preciso ter paciência, já que se trata de um evento totalmente fora da rotina dos pequenos”, diz.

Com planejamento, segurança e paciência, a viagem de avião com a criança tem tudo para dar certo. Pelo menos é assim com Daniela Aparecida M. Cillo, 32 anos, bióloga, que já viajou mais de 3 vezes de avião com sua filha Maria Eduarda, de 4 anos. “Na primeira vez fiquei meio preocupada, mas hoje ela não me dá trabalho nenhum. Não tenho um ‘truque’, mas percebo que ela se entretém muito com lápis de cor (levo várias cores!) e um papel qualquer para pintar. Quando ela se cansa disso, gosta de jogar algum joguinho no meu celular ou, simplesmente, ficar vendo as fotos nele”, comenta.

Fernanda Machado Junqueira, 36, autônoma, viajou com sua filha Júlia, de 6 anos, e conta que não teve grandes preocupações. “A única coisa que falei bastante para ela é que ela tinha que ficar tranquila na poltrona, sem ficar falando alto ou chorando… Não falei em momento algum que ‘avião era perigoso’, que ‘eu ou o pai dela tínhamos medo’, por exemplo, pois acho que isso, sim, poderia ter arruinado tudo”, diz.

O segredo é se planejar, mas não se desesperar, e nem levar milhões de coisas pensando em entreter a criança o tempo todo. Muitas vezes, menos é mais. Quando o assunto for brinquedos, aposte mais nos lúdicos, em vez de levar dezenas de brinquedos que só ocuparão espaço e deixarão a criança ainda mais agitada querendo brincar cada hora com uma coisa.

Fonte: Dicas de Mulher

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