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Notícias

21/12/2012

Governo anuncia mudanças importantes nos aeroportos brasileiros

O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, e a presidente Dilma Rousseff anunciaram hoje um extenso pacote de estímulo à aviação regional e a concessão à iniciativa privada dos aeroportos de Galeão, no Rio de Janeiro, e Confins, em Belo Horizonte.

Foi a coroação do papel do setor privado na área aeroportuária, já que 270 novos terminais regionais também poderão ser geridos por concessionárias.

Depois de rodovias, ferrovias e portos, termina de vez as medidas do Programa de Investimentos em Logística.

São três objetivos no pacote de hoje, segundo o governo: melhorar a qualidade dos serviços, ampliar a oferta de transporte aéreo e reconstruir a rede de aviação regional. Veja o que muda:

1) Galeão e Confins serão leiloados em setembro

O governo acredita que vá arrecadar 11,4 bilhões de reais com a concessão dos dois aeroportos, sendo 6,6 bilhões de investimentos para Galeão e 4,8 para Confins. O edital está marcado para sair em agosto de 2013 e o leilão, em setembro.

Ao contrário do que fez com Guarulhos, Viracopos e Brasília, o governo exigirá que o consórcio pretendente tenha entre seus operadores pelo menos um de experiência internacional em terminais onde circulem 35 milhões de passageiros por ano. E a participação societária do operador no consórcio deverá ser de ao menos 25%.

A Infraero continuará como sócia minoritária, com 49%, e ganhará uma subsidiária (item 5).

2) Serão construídos 270 novos aeroportos regionais 

O governo quer facilitar o deslocamento entre cidades do interior e destas para a capital. Os investimentos anunciados nestes terminais são de 7,3 bilhões de reais, distribuídos da seguinte forma (veja lista completa por estado ao final da matéria):

Região                          Novos aeroportos                             Investimentos (em R$ bilhões)

Norte                                          67                                                                            1,7

Nordeste                                  64                                                                             2,1

Centro-Oeste                        31                                                                              0,9

Sudeste                                     65                                                                              1,6

Sul                                               43                                                                                 1

Total                                       270                                                                        R$ 7,3 bilhões

A responsabilidade por estes terminais será compartilhada com os governos municipais e estaduais. A união entra com a manutenção da infraestrutura e segurança. E prefeitos e governadores deverão dar conta do custeio operacional. E, se quiserem, poderão também conceder estes terminais. “É importante que tenhamos qualidade de gestão bastante elevada”, disse a presidente Dilma.

Sabendo da baixa viabilidade econômica destes aeroportos, o governo garantiu isenção das tarifas pagas pelas empresas para usar a infraestrutura aeroportuária.

E prometeu ainda subsídios nos preços das passagens, isto é, parte do preço será arcado pela União nas rotas entre cidades pequenas e médias e destas para as capitais. “Queremos que esses aeroportos possam vir a ter voos regulares. Isso melhorará a competitividade dessas regiões”, afirmou o ministro da Aviação Civil, Wagner Bittencourt.

3) Melhorar a aviação geral

O Brasil já tem, segundo a Presidência da República, 720 aeroportos públicos, sendo 31 desses em capitais ou próximos a elas. Mas existem ainda 1.900 terminais de pouso e decolagens privados espalhados pelo país, a chamada aviação geral.

E é esta malha, concentrada em fazendas e dominada por executivos, que o governo quer reforçar. Até porque, como lembrou a presidente, “vamos ter a Copa das Confederações e Olimpíadas e é fundamental que haja alternativas de pouso e decolagens para aviões executivos”.

O Brasil é hoje, de acordo com o governo, o segundo maior usuário de aviação geral do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

A promessa é de regulamentar a autorização para exploração comercial destes aeroportos, já que hoje apenas os públicos podem cobrar para receber voos. Mas eles não poderão atender voos regulares, isto é, de empresas aéreas.

4) Novas regras para as empresas

Os slots dos aeroportos – onde os aviões embarcam e desembarcam passageiros – serão distribuídos de acordo com critérios de regularidade e pontualidade. O governo concederá anualmente os locais para operação das aéreas de acordo com a eficiência destas.

Se uma empresa não cumprir, durante 6 meses, critérios de pontualidade em 75% dos voos e regularidade em 80% em um slot, perderá o direito a ele.

Em Congonhas (SP), um dos mais saturados do país, esta exigência será maior: 80 e 90%, respectivamente.

5) Uma nova Infraero

O governo anunciou a criação de mais uma estatal. Desta vez, uma subsidiária da Infraero, a Infraero Serviços, que será responsável por operações técnicas especializados e operação dos aeroportos fora da rede Infraero.

Ou seja, a nova empresa vai se aproveitar da expansão da aviação regional anunciada hoje, prestando também treinamento.

Fonte: Exame

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