No mês passado , dia 20, uma passageira morreu depois de passar mal durante um voo da GOL que executava o trajeto de Recife (Pernambuco) para Guarulhos (São Paulo). Devido a situação da mulher, o avião fez um pouso de emergência no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins. Nesta mesma época, dia 18/01, um outro passageiro faleceu após passar mal em um voo da KLM.
De acordo com a Infraero, o comandante solicitou um pouso de emergência, e o avião aterrissou no Aeroporto Internacional Afonso Pena (Curitiba), mas o passageiro não resistiu. O voo saiu de Amsterdam, na Holanda, com destino a Buenos Aires.
Infelizmente, este fato não é um caso isolado, já que nos últimos anos houve um aumento de passageiros que utilizam o transporte aéreo. Nesta mesma proporção contatou-se maior numero de ocorrências de urgências médicas e de mortes durante viagens aéreas.
Diante destas conclusões, o Conselho Federal de Medicina e a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo elaboraram a Cartilha de Medicina Aeroespacial. Especialistas em emergência aeronáutica enfatizam que males relacionados à pressão externa ou ao estresse estão sujeitos aos efeitos da pressurização da aeronave.
Selecionamos algumas recomendações salientadas pela “Cartilha de Medicina Aeroespacial”
» “O estresse resultante do somatório do ambiente de aeroporto, voo e avião pode influir na pressão arterial. A recomendação é de que o passageiro somente embarque com pressão normal e estável
» Em caso de crise hipertensiva, deve-se aguardar de três a quatro dias para voar
» Pacientes com angina (dor no peito) instável não devem viajar, assim como portadores de taquicardia ventricular ou supraventricular não controlada
» » A empresa aérea deve ser avisada sobre necessidades especiais de alimentação, suporte de oxigênio ou uso de cadeira de rodas
» Quem sofre infarto não complicado deve esperar de duas a três semanas para voar. Em casos mais complexos, o prazo de segurança é de seis semanas
» Pacientes submetidos a cirurgia de revascularização miocárdica devem esperar pelo menos duas semanas antes de viagens aéreas
» Em caso de doença cardiovascular, deve-se verificar se há medicação suficiente para toda a viagem e levá-la na bagagem de mão, com um eletrocardiograma recente
» É preciso manter o uso e o horário das medicações, e é recomendável evitar bebida alcoólica e café antes e durante a viagem
» Em caso de acidente vascular cerebral (AVC), conhecido como derrame, deve-se considerar o estado geral do passageiro antes do embarque
» Asmáticos devem sempre levar na bagagem de mão seus medicamentos, principalmente broncodilatadores (bombinhas)
» Portadores de distúrbios psiquiátricos de comportamento imprevisível, agressivo ou não seguro, segundo os médicos, não devem viajar de avião. Podem voar aqueles com distúrbios psicóticos estáveis com o uso de medicamentos, desde que acompanhados
por um responsável
» O uso de marca-passos e desfibriladores implantáveis não contraindica o voo
Mais informações acesse: http://portal.cfm.org.br/images/stories/pdf/cartilha_medicina_aeroespacialfinal2.pdf