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Notícias

29/05/2012

Continue na direção, comandante Betânia!

A piloto tem quase 20 anos de carreira

Na semana passada, tivemos conhecimento na imprensa nacional que um passageiro foi obrigado a se retirar da aeronave da companhia aérea TRIP por policiais federais no Aeroporto Internacional Tancredo Neves/Confins, após provocar tumulto. O motivo da exaltação ocorreu após o passageiro/consumidor ter conhecimento que o voo era comandado por uma mulher. Ele não admitia que a aeronave fosse pilotada por uma mulher e exigia que um homem assumisse o comando da aeronave. Essa confusão acarretou o atraso de mais de uma hora do voo com destino a Goiânia e a indignação dos demais passageiros em relação a sua conduta machista.

A presença do sexo feminino do comando de uma aeronave não é fato recente na história da aviação civil brasileira. Há mais de 40 anos, a antiga empresa aérea VASP já contratava mulheres no comando de suas aeronaves. Esse mesmo procedimento já foi adotado por outras empresas aéreas nacionais. Atualmente, mais de 100 mulheres pilotam aviões em todas as companhias aéreas no Brasil. De acordo com dados estatísticos da Agencia Nacional de aviação Civil (ANAC), do total de licenças válidas até 2010, a minoria tinha mulheres como titulares (0,8%), enquanto os homens somavam 14.282 renovadas. Somente 163 licenças estavam válidas para as comandantes. Esse índice é ainda baixo, entretanto não exclui e nem diminui a competência das mulheres do comando das aeronaves.

A conduta da comandante Betânia demonstrou serenidade e competência profissional ao exigir a expulsão do passageiro da sua aeronave. Sua postura tem amparo legal conforme determina o Código Brasileiro da Aeronáutica em seu Art 168: o (a) “O comandante exerce autoridade sobre as pessoas e coisas que se encontrem a bordo da aeronave e poderá desembarcar qualquer delas, desde que comprometa a boa ordem, a disciplina, ponha em risco a segurança da aeronave ou das pessoas e bens a bordo;( Art 168 CBA). No presente caso, o passageiro, machista, estava exaltado e causava tumulto na aeronave.

O “Viajando Direito” sempre busca difundir o turismo consciente e responsável seja em relação aos prestadores dos serviços turísticos como também aos turistas/consumidores. Portanto, não se pode admitir que em pleno século XXI ainda tenhamos que tolerar condutas infundadas praticadas por passageiros que discriminam o profissionalismo do sexo oposto. Parabéns, comandante Betânia! Confiamos na sua competência profissional!

 

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