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Notícias

19/11/2015

Portões de embarque: por que mudam tanto?

A cena é comum em quase todo aeroporto: um anúncio avisa que a aeronave do voo tal está em solo e que, assim que autorizado, o embarque vai ser feito por um portão diferente do que havia sido informado, obrigando uma multidão a perambular de uma ponta a outra da saguão.

Apesar de inconvenientes, é interessante saber por que as mudanças de portão acontecem e, melhor ainda, como não perder tempo e paciência com elas. Para isso, é preciso ter em mente uma ideia aproximada de como funciona a movimentação das aeronaves nos pátios e terminais dos aeroportos. Vamos lá:

Cada voo tem um slot, que nada mais é que uma vaga que envolve um limite de tempo de permanência num espaço do aeroporto. Entre outras coisas, isso permite distribuir as posições de estacionamento de cada avião e organizar o fluxo no pátio e nas pistas. Existe, portanto, um planejamento dos portões de embarque, que em teoria não deveria ser alterado, e que facilita a vida dos passageiros e o trabalho da comunidade aeroportuária.

Apesar disso, com o aumento significativo de aviões nos aeroportos centrais, a redução do intervalo entre viagens e por conta da dinâmica e dos inúmeros fatores que são condição para a partida de um voo, é absolutamente inevitável que toda essa programação de portões seja parcialmente perdida ao longo do dia.

Imagine um voo que, por um problema mecânico, por exemplo, não consegue decolar no horário e por isso ocupa uma ponte de embarque por mais tempo que o previsto. Aquele portão, que continua ocupado depois do horário programado, não estará mais disponível para receber o voo seguinte, obrigando que aconteça a primeira troca de portão. E assim vai.

No fim das contas, a situação pode chegar ao extremo de os portões serem atribuídos aos voos conforme são liberados, em cima da hora. É por isso que, com alguma frequência, vemos passageiros correndo de um lado para o outro, confusos com as diferenças entre a informação que consta no cartão de embarque e a que é dada no sistema de som ou pelos painéis eletrônicos.

A dica, nesses casos, é levar em conta o que é informado nos anúncios sonoros ou nas telas, pois é a informação mais recente. Por isso, familiarize-se com a sala de embarque e identifique a disposição dos portões para poder aguardar num lugar confortável enquanto as trocas acontecem. Fique ligado nas telas e nos anúncios e preocupe-se em ir para o portão só quando o voo estiver confirmado. Só não se esqueça: o embarque é encerrado, em geral, 15 minutos antes do horário da decolagem.

E se você estiver se perguntando, sim, a situação é pior nos aeroportos brasileiros. Encontrar maneiras de diminuir esse mau desempenho é um dos deveres de casa das administradoras dos terminais.

Fonte: Voando numa Boa

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