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17/10/2012

Fechamento de Viracopos abre discussão: quem é o responsável?

O tamanho do problema. 130 toneladas paradas na pista. Quase 500 voos cancelados. E 25 mil passageiros sem ter como voar.

A remoção do cargueiro da Centurion demorou 46 horas. E só foi feita depois que a empresa americana alugou da TAM um equipamento específico pra rebocar o avião. Durante esse período, o Aeroporto de Viracopos, em Campinas, ficou fechado. E a Azul impedida de operar.

O Código Brasileiro de Aeronáutica estabelece que se por algum problema um avião bloquear a pista, é a empresa aérea que tem que fazer a retirada da aeronave. Se a companhia não apresentar recursos técnicos ou se não providenciar a retirada rapidamente o código diz que é a operadora do aeroporto que tem que fazer a remoção. Tanto em Viracopos quanto na maioria dos aeroportos brasileiros, a responsável pela operação é a Infraero.

O problema é que a estatal não tem nenhum equipamento de retirada de aviões de grande porte, o chamado Recovery-Kit, que custa R$ 2 milhões.

O Recovery-Kit é um conjunto de ferramentas que, somadas, chegam a 25 toneladas. Ele é composto por colchões de ar, macacos hidráulicos, compressores e cintas com aço, que podem levantar até 200 toneladas.

Se a situação de Viracopos se repetir, a Infraero terá que recorrer ao único aparelho disponível no país, que está em São Carlos, no interior de São Paulo.

Mas, e lá fora, como é?

Os Estados Unidos têm regras parecidas com as brasileiras. A diferença é que lá há mais equipamentos de prontidão. E na Inglaterra, a responsabilidade também é da empresa aérea. Mas a companhia só pode voar se tiver um contrato com alguma empresa que cuide da remoção.

Ocorrências como essa são raras. Mas, para o engenheiro aeronáutico Jorge Leal Medeiros, nada justifica a falta de estrutura nos aeroportos brasileiros. “Faz falta o planejamento tanto por parte da agencia, quanto por parte da própria Secretaria de Aviação Civil, no sentido de prever situações como essa e minimizar o impacto. Como? Obrigando as operadoras aeroportuárias que, hoje em dia, principalmente a Infraero que elas tenham um equipamento a ser usados entre todos”, afirmou Jorge Leal Medeiros, professor da Poli-USP.

A Infraero declarou, que o avião não poderia ser removido imediatamente, em Viracopos, porque, antes, era preciso retirar a carga e erguer o motor. Segundo a Infraero, a operação foi executada de forma segura para garantir a reabertura do aeroporto sem danos à pista.

A Anac reconheceu que, no Brasil, as companhias aéreas não são obrigadas a ter contratos com empresas especializadas na remoção de aviões quebrados. A agência também declarou que o Brasil é o único país da América Latina a ter uma empresa que possui o equipamento para a remoção de aviões grandes.

Fonte: Jornal Nacional

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